Ano passado fiz uma viagem meio longa com meu namorado. Arrumamos a mala e seguimos de carro do Recife (PE) até Floripa (SC) e, claro, voltamos 31 dias depois de muita estrada, mas muita alegria – passamos por muitas praias paradisíacas e nos divertimos muito. Apesar de não ter acontecido qualquer incidente com o carro, sempre que estávamos na rodovia e tínhamos que parar pra almoçar era uma briga sem fim - tenho que deixar claro que não sou fresca pra comer, Felipe (o namorado) é que tem o paladar pouco apurado. Foi durante essa viagem e os nove mil quilômetros percorridos que aprendemos que nem sempre self-service é self-service.
Enfim, as primeiras paradas para almoços aconteceram no Nordeste, nesse caso, o problema era a qualidade da comida que variava muito entre ruim e péssima. Lembro inclusive do cheiro de um lugar onde paramos, numa beira de estrada na Bahia (o pior lugar para almoços em estrada!) que tinha mais moscas que clientes. Parecia uma rodoviária e, enquanto eu me encaminhava – com cara de quem iria à forca – até a mesa de comidas, o garçom me disse: “Se aperrei não que tá tudo novinho, viu moça?!”. E Felipe ainda me sai com: “Tá vendo que está tudo novinho. O garçom mesmo disse”. E eu pensei: “ahah! Ingênuo!”. Nesse lugar meu prato deu R$ 1,92 (lembro até dos centavos) + R$ 1,50 (do suco de laranja) + R$ 2,50 (do sorvete Kibon Sorvane). Pelo menos foi econômico!
Seguindo viagem paramos em vários outros lugares bizarros, que nem vale citar aqui e comemos em muitos self-services que, no Nordeste e para quem não sabe, é aquele tipo de restaurante em que a comida é pesada numa balança e paga por quilos ou gramas. Mas nem tudo são gramas e quando fizemos a primeira parada no sudeste tomamos um susto. Self-service, para o restante do País, na verdade é o que chamamos e Buffet (ou rodízio) e vice-versa. De cara, pagamos R$ 22,00 por um self-service, que pra gente era um rodízio de carnes.
Paramos na capital paulista e, então, tentei explicar a diferença pra Felipe que não só não concordava como tinha uma teoria conspiratória super bizarra (que também não vale a pena ser citada aqui). Enfim, seguimos viagem agora em direção ao Sul e, quando estava na hora do almoço e estávamos na estrada era aquele “Deus nos acuda”. Lipe via a placa “self-service” e dizia: “Olha, aqui a comida é no peso!”. E eu retrucava: “Não é no peso meu amor! Você ainda não entendeu. Argggh! Ande com esse carro!”.
Mas o cúmulo aconteceu já na volta, assim que cruzamos a ponte Rio-Niterói pegamos a rodovia dos Lagos (ainda bem, em direção contrária a um engarrafamento pós-feriado) e vimos a placa Self-service e, mais uma vez Felipe insistiu na idéia de comida a peso. Quando eu pedi, “estacione o carro e pergunte ali a mulher da recepção se é mesmo no peso, enquanto eu calço essa sandália”. Dois minutos depois volta ele feliz da vida: “Sim sim! É no peso!”. Quando eu entro no lugar não vejo balança, mas apesar de desconfiada faço meu prato. Quando vou pesar e me preparar para desembolsar uns R$ 15,00 é chegada a hora do susto.
Enfim, as primeiras paradas para almoços aconteceram no Nordeste, nesse caso, o problema era a qualidade da comida que variava muito entre ruim e péssima. Lembro inclusive do cheiro de um lugar onde paramos, numa beira de estrada na Bahia (o pior lugar para almoços em estrada!) que tinha mais moscas que clientes. Parecia uma rodoviária e, enquanto eu me encaminhava – com cara de quem iria à forca – até a mesa de comidas, o garçom me disse: “Se aperrei não que tá tudo novinho, viu moça?!”. E Felipe ainda me sai com: “Tá vendo que está tudo novinho. O garçom mesmo disse”. E eu pensei: “ahah! Ingênuo!”. Nesse lugar meu prato deu R$ 1,92 (lembro até dos centavos) + R$ 1,50 (do suco de laranja) + R$ 2,50 (do sorvete Kibon Sorvane). Pelo menos foi econômico!
Seguindo viagem paramos em vários outros lugares bizarros, que nem vale citar aqui e comemos em muitos self-services que, no Nordeste e para quem não sabe, é aquele tipo de restaurante em que a comida é pesada numa balança e paga por quilos ou gramas. Mas nem tudo são gramas e quando fizemos a primeira parada no sudeste tomamos um susto. Self-service, para o restante do País, na verdade é o que chamamos e Buffet (ou rodízio) e vice-versa. De cara, pagamos R$ 22,00 por um self-service, que pra gente era um rodízio de carnes.
Paramos na capital paulista e, então, tentei explicar a diferença pra Felipe que não só não concordava como tinha uma teoria conspiratória super bizarra (que também não vale a pena ser citada aqui). Enfim, seguimos viagem agora em direção ao Sul e, quando estava na hora do almoço e estávamos na estrada era aquele “Deus nos acuda”. Lipe via a placa “self-service” e dizia: “Olha, aqui a comida é no peso!”. E eu retrucava: “Não é no peso meu amor! Você ainda não entendeu. Argggh! Ande com esse carro!”.
Mas o cúmulo aconteceu já na volta, assim que cruzamos a ponte Rio-Niterói pegamos a rodovia dos Lagos (ainda bem, em direção contrária a um engarrafamento pós-feriado) e vimos a placa Self-service e, mais uma vez Felipe insistiu na idéia de comida a peso. Quando eu pedi, “estacione o carro e pergunte ali a mulher da recepção se é mesmo no peso, enquanto eu calço essa sandália”. Dois minutos depois volta ele feliz da vida: “Sim sim! É no peso!”. Quando eu entro no lugar não vejo balança, mas apesar de desconfiada faço meu prato. Quando vou pesar e me preparar para desembolsar uns R$ 15,00 é chegada a hora do susto.
Eu: - Moça, por favor, onde fica a balança!
Atendente: - Perdão senhora, não entendi!
Eu: - A balança moça, pra pesar o prato, antes de começar a comer.
Atendente: - É.... não tem balança. É self-service você come o quanto quiser e só paga R$ 37,00, senhora.
Eu: - A claro... (em pensamento: vou matar Felipe!)Obrigada!
Alguns passos até a mesa e... – Lipe, você disse que era no peso. Tá maluco!
Lipe: - Pirilinha linda, eu enganei! Mas a comida está ótima!
Eu: - Você por acaso sabe quanto é o rodízio nessa budega?!
Lipe: - A moça me disse agorinha ali. R$ 37,00, mas a vale a pena. A comida está boa!
Eu: - A claro... (em pensamento: vou matar Felipe!)Obrigada!
Alguns passos até a mesa e... – Lipe, você disse que era no peso. Tá maluco!
Lipe: - Pirilinha linda, eu enganei! Mas a comida está ótima!
Eu: - Você por acaso sabe quanto é o rodízio nessa budega?!
Lipe: - A moça me disse agorinha ali. R$ 37,00, mas a vale a pena. A comida está boa!
Eu: - Só por isso você vai pagar o meu e o seu almoço. Tá bom!?!
Depois do susto aproveitei pra encher o bucho. A conta deu R$86,00 e, claro, tivemos mais uma discussão (quase em silêncio porque o restaurante estava lotado) horrenda por causa do temido “almoço durante a viagem”. Mas pelo menos, depois do ocorrido e do quase fim de namoro, Felipe entendeu que self-service nem sempre é self-service (Fica a dica!).
Depois do susto aproveitei pra encher o bucho. A conta deu R$86,00 e, claro, tivemos mais uma discussão (quase em silêncio porque o restaurante estava lotado) horrenda por causa do temido “almoço durante a viagem”. Mas pelo menos, depois do ocorrido e do quase fim de namoro, Felipe entendeu que self-service nem sempre é self-service (Fica a dica!).
Por Mariana D'Emery.
Vi alguem no Bode essa quinta... :P
ResponderExcluirEu já estava saindo pra comer num "selsélci", mas achei mais prudente traçar um lanchinho por aqui.
ResponderExcluirQueres?
Ahhhh, aqui por Vitória a palavra ainda segue o sentido original, mas os rodizios daqui... vc ja entra com um lápis piloto pra demarcar a area dos seus rins.. com os quais vc vai tentar pagar a conta. ê troço caroooooo..
ResponderExcluirêeee.. finalmente participei do blog! #ADORO esse blog!!
ResponderExcluirSe eu for convidada de novo, visto que a lista de convidados é extensa, prometo um texto melhorzinho!!