Sim, eu odeio o Kid Bengala. Calma, ele nunca fez nada comigo, em nível pessoal, para angariar esse ódio da minha parte. Ainda bem, porque se ele tentasse, digamos, invadir o meu espaço particular, duvido que eu sobrevivesse para contar a história. Não que eu fosse querer divulgar, claro. Mas você deve estar se perguntando o motivo dessa minha birra em relação ao nacionalmente reconhecido ator pornô. Não é por puritanismo. Gosto de um bom filme de sacanagem como qualquer outro. Também não é por motivos religiosos, embora seja difícil acreditar em um Deus que permite que um ser humano com um membro de 33 cm caminhe entre nós, impune. Não, a questão é bem outra e muito menos complexa. Se você que está lendo esse texto nesse momento pertence ao sexo masculino, já deve saber o que é.
Uma vez que a média do tamanho do pênis nacional oscila entre 15 e 16 cm, como ficamos nós, pobres mortais medianos sabendo que existe uma criatura com uma pica de proporções bíblicas perambulando livremente pelas ruas do nosso país? Tamanho de rôla, para homem, é questão de honra. Você não precisa, como diria um amigo meu, ter um pacto com o jumento, mas ninguém gosta de ficar abaixo do padrão e se sentir humilhado pelos outros machos. Tá bom, seu amigo tem uma bilola de 17 cm. 18, dependendo do ângulo em que a luz bate. Já é bem impressionante, serve de anedota depois da pelada e não te deixa em dúvida acerca da existência de um plano divino. É aceitável.
Mas 33 cm?!
Uma pessoa com um caralho desse tamanho é mais órgão sexual do que homem. Ele nem sequer precisa ser muito inteligente, já que uma jemba de mais de 30 cm, sabemos todos, dá ao seu dono o ganho de causa em qualquer discussão, tornando os argumentos contrários automaticamente irrelevantes. É possível imaginar como seria uma conversa envolvendo Kid Bengala e intelectuais reconhecidamente capazes na arte da argumentação:
- Eu creio, firmemente, que a atual conjuntura política e social preconiza uma evolução dos modelos econômicos iniciados na industrialização da Europa, levando-se em consideração os estudos mais recentes realizados pelas universidades de Oxford e Harvard, tendo como modelo básico a discussão historiográfica perpetuada pela escola de pensamento de Hobsbawn. O que o senhor acha, seu Bengala?
- Tu tá falando merda.
- Compreendo. Bem, sinto, mas devo discordar do senhor, uma vez que...
Tebei. O som de algo caindo pesadamente sobre a mesa.
- ...eu...bom Deus...isso...seu Bengala, isso aí na mesa é o seu...o seu...
- É a minha maçaroca sim. E tá mole ainda. Tu tava falando o quê?
- Nada, nada! O senhor tem razão, eu não sei onde eu estava com a cabeça. Posso trazer um cafezinho?
Francamente, quem seria maluco de contradizer um indivíduo capaz de te esbofetear, do outro lado da mesa, usando apenas a sua benga? Eu mesmo não. Mas a dúvida maior fica por conta da ala feminina. Sim, tamanho (e diâmetro) é documento, o resto é papo de anão genital. Mas tudo tem limite. Que tipo de prazer uma mulher pode obter de um cacete de tamanho tão absurdo? Não posso crer que seja divertido ter a pleura perfurada por uma piroca de 33 cm, então só posso enquadrar tal prática na categoria de fetiches bizarros femininos irrealizáveis.
Vovó? Que sorriso é esse?
Ou masculinos, já que, como dizia o poeta, gosto é que nem cu, cada um tem o seu e faz o que bem entender com ele.
E já que ter pinto grande ainda não é crime no Brasil, resta à população masculina em geral o consolo de que, afinal, são poucas as mulheres que encarariam uma noite com Kid Bengala. Na verdade, é bem possível que, caso ele não fosse ator pornô, acabasse sua vida como atração de circo e afogando o ganso com a Monga ou alguma outra aberração semelhante, dentro de uma jaula.
Vocês eu não sei, mas eu me sentiria muito mais seguro em ter uma grade de ferro me separando de uma trolha tão descomunal.
Muito me admira um medo besta desse vindo de um rapaz que tem sobrenome de linguiça xD. Nem por isso vc ou os representantes masculinos de vossa excelentíssima família são considerados ameaças à virilidade nacional.
ResponderExcluirLogo, deixe o bengala de mão (olha o trocadilho) e seja feliz, sr. Linguiça.
abraço.