sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sexta-feira dos convidados: O fim (?)

Calma, os textos dos convidados não vão deixar de acontecer! Mas a obrigatoriedade das sextas-feiras já era. Os convidados vão aparecer ao longo do mês, sem dia específico, quando vocês menos esperarem! Não fiquem chateados e, se sentirem que o ódeio e o desapontamento estão prestes a tomar o coração de vocês, olhem para a imagem dos cachorrinhos se pegando, contem até 10 e fiquem calmos.








E por hoje, divirtam-se com a queixa em vídeo do sr. Dodson aí embaixo.

O intruso

Sim, esse é um blog dedicado à reclamação, mas como já se falou anteriormente, tem gente por aí fazendo isso com muito mais competência do que a nossa equipe. Que o diga o senhor Antoine Dodson, estadunidense, pessoa séria, que paga seus tributos em dia e se viu horrorizado ao encontrar, em seu apartamento, um indivíduo tentando violentar sua irmã.









E, como no território sem lei da Internet a escrotice humana não conhece limites, aí vai a versão musicada da peculiar queixa do sr. Dodson, com direito à remix.










Como eu sempre digo, se é pra reclamar, tem que fazer a coisa com classe.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Horror

Fui até a cozinha verificar as opções de almoço. Abri a geladeira, fucei as prateleiras, cutuquei o congelador, buli nas gavetas e finalmente encontrei a carne que minha mãe havia deixado temperada para que eu cozinhasse. Ao abrir a tampa do vasilhame plástico, contive uma exclamação de horror ancestral e por pouco não derrubo o conteúdo no chão. Lá estava ele. Vermelho. Brilhante. Ensanguentado. Medonho.

Fígado.

Sim, dentro da vasilha manchada estavam fatias do órgão abjeto, prontos para irem para a panela e depois, presume-se, para o estômago de algum pobre coitado incauto. No caso, eu. Indiferente ao meu asco e à uma possível retribuição divina, minha mãe ainda havia coberto tudo com sal, pimenta e colorífico, talvez visando mascarar o horror adormecido sob aquela absurda camada de temperos. Se você já viu um fígado, então vou poupar-lhe de uma descrição mais aprofundada. Ciente de que este é um blog de família, também não colocarei uma foto dessa coisa, de modo a não ofender os corações mais vacilantes.













 Há, te peguei!


Sim, isso aí em cima é a foto de um fígado. Ou seja, eu menti para você. A vida é assim mesmo, paciência. Não reclame comigo, e sim com Deus, que permite que tais aberrações gastronômicas coexistam conosco no mesmo plano físico. Francamente, não sei onde Ele estava com a cabeça. Ao observar aqueles horrendos pedaços de carne, me perguntei o que havia feito para que minha mãe me punisse daquela forma. Dar fígado para uma criança comer, sabemos todos, é um dos castigos mais antigos exercidos pelas progenitoras impacientes e com certas tendências sádicas. Nada original, mas altamente eficiente. Tanto que deixei de ser menino faz tempo, mas ainda sinto uma fraqueza nas pernas quando ouço falar de fígado. De fato, não gosto nem de pronunciar a palavra. Fígado. Pronto, agora me sinto sujo. Hora de escovar os dentes na tentativa de me livrar do palavrão. Em um nível puramente científico, porém, não deixa de ser interessante tentar descobrir quais razões levam um ser humano sadio e razoavelmente civilizado a se alimentar de um órgão cujas funções incluem a produção de gordura, purificação de toxinas (que acabam se acumulando nele) e transformação de amônia em ureia. Isso mesmo, ureia. Ou seja, a primeira etapa do mijo começa no fígado. Já bateu a fome?

Desconfio de quem come fígado sem ter uma arma apontada para as cabeças de toda a sua família. Se gosta, então, pode ter certeza: é psicopata. Sabe o Hannibal Lecter, o assassino do filme Silêncio dos Inocentes? Foi preso depois de degustar o fígado de um colega com favas e vinho Chianti. Daí se tem uma ideia do tipo de pervertido que consome esse órgão horroroso. 




 Jantar lá em casa? Eu compro o vinho, você traz o fígado.


Mas tenho fé em Deus e na genética, que um dia há de criar animais desprovidos de fígados, privando as mães de cerca de 74% do seu poder de ameaça. E se você ainda tem alguma dúvida sobre os malefícios do consumo desse troço, saiba que o foi gras, também conhecido como patê de fígado de ganso, é obtido ao se alimentar forçadamente o animal até que seu órgão atinja proporções bíblicas. E quando falo “órgão”, não me refiro ao pênis dele e sim ao fígado. Já falei que isso aqui é um blog de família, cacete. Embora passar o dia sendo alimentado e não fazendo mais nada seja o sonho de aproximadamente 93,87% dos leitores desse blog, no caso dos gansos isso leva a uma existência infeliz e sofrida, tudo para alimentar as sanhas de alguns tarados que não sabem mais em quê gastar seu dinheiro.




 Acha que ele está feliz? Acha?!


Tanto asco pode parecer estranho, especialmente partindo de alguém que adora buchada, sarapatel e tripa de bode torrada, além de já ter sido flagrado comendo tanajura em mais de uma ocasião, mas insisto no meu argumento de que é preciso ter alguma espécie de desordem mental e moral para ter coragem de encarar uma coisa tão nojenta. E lá estava eu, prestes a preparar o almoço. Fígado acebolado. 

Mais ou menos como mandar o condenado dar o nó da corda na qual ele vai ser enforcado.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Queixas rápidas

Dignidade






Duas amigas conversam animadamente no sofá da sala em um domingo de manhã, quando o marido de uma delas surge do quarto, trajando pijamas e sonolento. Cruza para a cozinha, murmura um “bom-dia” cheio de remela e se dirige de volta para o quarto com um copo d’água na mão. Uma das mulheres aponta para o homem desgrenhado e comenta:

- Menina! Mas não é que teu marido não tem bunda nenhuma?

Ambas as mulheres caem na risada. O homem interrompe sua marcha para a cama, gira sobre os calcanhares e sentencia, muito digno:

- Minha filha, homem tem que ter é rola, não bunda.

E volta para o quarto, pisando duro. Sentindo que sua honra havia sido satisfatoriamente defendida, adormece imediatamente, ignorando as duas mulheres horrorizadas na sala.



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Punk de butique





Os meninos se divertem contando histórias de transgressão, tendo em vista impressionar os amigos. Um fala da suspensão após soltar uma bomba no banheiro do colégio, outro da surra que levou ao chegar em casa com um brinco na orelha e por aí vai. Chega a vez do que tinha o visual mais alternativo, cabeludo, cheio de piercings, tatuagens, camisa de Che Guevara e calças cuidadosamente rasgadas. 

- Então, velho. Uma vez fui numa festa na casa de uma galera aí. Tava lá, fazendo nada e vi um quadro na parede. Meu irmão, você via que era quadro caro, cosia de capitalista mesmo, sabe? Fiquei indignado com aquilo, daí não tive dúvida. Fui lá e escarrei no quadro. Botei pra fuder.

Os amigos ficaram devidamente impressionados, menos um, que questionou:

- Tá e depois?

- Depois o quê?

- Tu foi lá, cuspiu, destruiu o quadro caro da família do doido lá. E aí?

- Aí...aí, nada, porra.

- E depois, quando encontraram o quadro? Tu fez o quê? Arrancou ele da parede? Mandou todo mundo tomar no cu? Bateu no peito e disse que foi tu mesmo que cuspiu e queria que tudo quanto era capitalista e riquinho se fudesse? Tu fez isso?

Pressionado pelas perguntas e pelos olhares inquisitivos dos colegas, o garoto cedeu, gaguejando a conclusão da história.

- Não, eu...descobriram que fui eu. E aí...aí...

- Fala.

- Aí painho foi lá e pagou outro quadro.

Depois desse dia, perdeu o respeito dos amigos. Cortou o cabelo, livrou-se dos piercings e virou pagodeiro.

domingo, 12 de setembro de 2010

Domingo é dia de enquete!


E olhaí o resultado da enquete do Dia da Independência!


O feriado de Dia da Independência do Brasil se aproxima. Conte de que forma você pretende passar essa importante data cívica:

1- Vou tirar aquela velha calça camuflada do gaurda-roupa e sair atrás do desfile até o fim ou até eu entrar em colapso pelo calor e pela fome! O que vier primeiro!   (6%)
 
2- Um monte de gente armada, uniformizada, fazendo cara feira e se aglomerando nas principais vias de acesso da cidade? Já dei de cara com a Torcida Jovem essa semana, valeu. Beijo e não me liga. (26%)
 
3- Pretendo comprar uma daquelas micro-bandeiras do Brasil e assistir as comemorações pela TV. Prefiro ser patriota de longe, que nem em dia de jogo da seleção.  (0%)
 
4- Sou contra comemorar a Independência do Brasil. Agora, Dia do Índio, sim! Todo mundo pra rua, pelado! (66%)
 
 
 
E assim, fica claro o que todo mundo já sabia: brasileiro gosta mesmo é de zona. E por falar em zona, fique ligado na próxima enquete que já está no ar. E como sempre, obrigado a todos que votaram!