terça-feira, 18 de maio de 2010

Banheiro público, arte idem


Os que acompanham o Blog há algum tempo já se tornaram cientes dos perigos que aguardam os incautos usuários de banheiros púbicos. De ataque sobrenatural à descoberta de novas formas de vida, tudo pode acontecer. Mas nem tudo é sofrimento, angústia, lágrimas e morte nesses locais. Algumas vezes, o espírito humano tenta lutar contra os horrores dos sanitários coletivos através da criatividade, ainda que de forma um tanto incompetente. Exemplo disso é a porta do banheiro feminino da Fafire, onde a placa que indica o gênero encontrava-se extraviada do seu local original. Alguém, provavelmente uma menina traumatizada pelas histórias dos sanitários do CAC e sem querer correr riscos, apressou-se em improvisar um sinal indicativo, de forma que nenhum membro do sexo oposto desse uma de doido e tentasse entrar:

Tudo bem. Parece mais um pirulito usando um vestido, mas pelo menos as perninhas são grossas. A coisa toda fica um pouco mais grotesca quando se percebe que existe, lá no fundo, um símbolo indicativo do sexo feminino, que seria, certamente, bem mais útil na porta externa do sanitário. Um tanto prosaico, concordo. Faltam curvas. Mas ao menos, pode-se ter uma razoável certeza de que aquilo lá representa uma mulher.
Porém, por mais que a bonequinha desenhada na porta seja horrenda, ela é ao menos simpática. E tem perninhas grossas. Além do quê, pode ser reconhecida como uma figura humana, com um pouco de boa vontade. Mas o que dizer dessa “arte” que apareceu no corredor de armários do CAC, aquele mesmo, o assombrado?

Sem entrar em detalhes acerca do estado mental de quem desenhou esse troço, o que será que ele representa? Seria o portal inter-dimensional que leva até subterrâneo infernal de origem da entidade maldita que habita o banheiro masculino do CAC? Provavelmente jamais saberemos, porque ninguém é maluco de chegar perto demais para descobrir.
E fechando as considerações acerca da “arte” encontrada nos banheiros públicos, deixo com vocês um verso compartilhado pelo amigo Victor Carvalhosa, encontrado por ele em um desses locais de horror e criatividade, cujo autor permanece anônimo, provavelmente por pura vergonha mesmo:
“Cagar é a arte do mundo
 Cagar é a arte do universo
 Caga féla-da-puta
 Que foi cagando que eu fiz este verso.”

Um comentário:

  1. Ah! O que seria da vida se não existissem as histórias sobre cagadas? Gente que já sacrificou cueca por não existir papel no banheiro (Opa! Essa história é de alguém conhecido...), que morreu na praia, ou seja, andou a Barão de Souza Leão todinha e cagou na porta de casa (essa também), enfim, são belos relatos.

    Ass: Mauro, o cagão rei da galhofa.

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Vai, danado, reclama!