segunda-feira, 7 de junho de 2010

Veículos ridículos


Se locomover pelo Recife, sabemos todos, não é uma tarefa fácil. As opções de ônibus e metrô não são as ideais e nem atendem as necessidades da população que, sem opção, é obrigada a suportar uma rotina de filas, solavancos, calor indescritível, odores nauseabundos e amolegamento incessante ao se utilizar do sistema público de transporte. Uma considerável parcela dos cidadãos recifenses, contudo, possui seu próprio veículo, podendo se deslocar para onde bem entenderem, sem passar pelos perrengues diários citados acima. Pelas ruas da capital pernambucana desfilam desde clássicos populares, como o Fusca, que possui um clube de dedicados entusiastas, até importados de marcas famosas, sendo comum a presença de BMWs, Land Rovers, Beatles e até mesmo uma ocasional Ferrari, que eu nunca vi, mas me garantiram que existe.
Já o meu veículo particular é esse que se encontra abaixo.









Sou o orgulhoso proprietário de uma bicicleta popular herdada da minha amiga alemã, Lucy. A bike mesmo não é européia, muito menos germânica. Foi comprada, de segunda mão, do mecânico de bicicletas, ali no caminho para o aeroporto do Recife. E é do tipo que é vendida em supermercados. O freio dianteiro não funciona direito, o traseiro só quando eu aperto o arame de contato simultaneamente, o banco caiu e as marchas mudam sozinhas quando passo por um buraco. Por motivos alheios à minha compreensão, ambas as câmaras de ar, trocadas recentemente, continuam murchando em um ritmo alarmante. Os pedais engancham com freqüência e a corrente só pode ser manuseada depois de uma injeção anti-tetânica. O adesivo descascou em boa parte do quadro e essa pintura cor de ferrugem que pode ser observada na imagem é, de fato, ferrugem mesmo. Os pneus estão calvos e as rodas fazem mais barulho do que um Fiat 147. A bicicleta é tão feia e velha que eu tenho certeza que, de alguma forma, agride o meio-ambiente toda vez que é usada. Ou até quando está parada mesmo.
Mas, por Deus, é uma bicicleta honesta. Uma bike de verdade, sem frescuras nem firulas. Produto de um tempo quando os homens eram homens e esses mesmos homens possuíam poucos escrúpulos em relação ao seu meio de transporte pessoal e muito menos em relação à própria integridade física. Muito diferente dos veículos ridículos, com rima mesmo, que podem ser encontrados por aí hoje em dia.
Mostrarei alguns, aguardem.

13 comentários:

  1. Amado, eu posso dizer que tenho uma super máquina em casa mas, a mesma, não sai da área de serviço há meses. Depois de ser escorraçada da pista aos empurrões e me lascar toda, não tenho mais coragem de pedalar pelas ruas de cidade. Talvez eu venha a me reunir com os ciclistas noturnos, na tentativa de pedalar sem ser atropelada por algum filadaputa sacana. Porém, no horário programado do circuito tenho, geralmente, outros afazeres.

    Por isso, penso, em breve, colocar a bike no bagageiro do carro e seguir para BR 232. Lá, eu sei que conseguirei atingir uma velocidade bacana, não terei problemas com pedestres e o risco de ser atropelada é mínimo.

    Olha minha bike aí: http://www.youtube.com/watch?v=Yi9ymi_BBTw

    (Eu me ralei toda mas, a "bixinha" ficou intacta. Graças a Deus)

    OBS.: Para deslizar na selva de pedra, eu troco os pneus! ihihihi (Quer dizer, trocava)

    ResponderExcluir
  2. Hoje, percorro a cidade de carro. Isso mesmo! Sou mais uma responsável pela enorme quantidade de CO².

    Buzão? Nem sempre ele me leva a onde eu quero/preciso chegar. Nem vou enumerar os outros problemas já citados aqui.

    A pé? Bem... Até nisso tive problema! Não quero, novamente, correr o risco de levar um murro na cara, por ter um celular velho e todo lascado. (Ainda bem que ele só usou o punho, se fosse a arma...)

    ResponderExcluir
  3. Já vi a Ferrari. E tô achando que tu queres que a gente faça uma campanha por uma bicicleta nova pra tu. E numa cidade que ainda tem Variant TL circulando, vale tudo.

    ResponderExcluir
  4. Como sou mulé arretada, ainda me atrevo a caminhar nessa cidade sangreta.

    ResponderExcluir
  5. Eu tb já vi a Ferrari e bem de perto. Perto demais pra ser mais exata. Quase fui atropelada por ela. Até que seria uma morte chiq!!! kkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  6. Bom, com relação ao ônibus, existe ainda uma situação constrangedora: quando nos sentamos no corredor, e não na janela, corremos o perigo de nossos ombros se tornarem poleiros para pombas. É isso mesmo! Quando o ônibus está cheio (ou seja, em 90% das vezes), algum cara pode ficar de pé ao seu lado e, dependendo da altura do mesmo, seu órgão ficar tocando seu ombro, como se uma pomba quisesse pousar e descansar nesse poleiro natural. Se você olhar para o lado enquanto boceja, é capaz de pagar um boquete. Por isso, cuidado com as pombas dos coletivos.

    Ass: Mauro, o galhofeiro que perdeu sua pureza nos ônibus do Recife.

    ResponderExcluir
  7. Ah! E sobre a bike, sou um entusiasta desse veículo. Sempre uso, quando possível, para me deslocar para Candeias, e bairros afins. Fred, se quiser dar uma pedalada é só marcar. E ainda tem as seguintes vantagens: a única suvaca que você vai sentir é a sua própria, ninguém vai tirar sua pureza e nenhuma pomba irá pousar em seus ombros cansados e indefesos.

    Ass: Mauro, o galhofeiro da bike.

    ResponderExcluir
  8. Mauro, ainda não consegui parar de rir...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    "...quando nos sentamos no corredor, e não na janela, corremos o perigo de nossos ombros se tornarem poleiros para pombas. É isso mesmo!..."
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  9. Fala sério amado Mauro! kkkkkkkkkkk
    Andar de bick pode ser tão perigoso quanto andar de ônibus! Afinal, não é à toa, que muitos mantêm uma relação íntima, fiel e nada casual com o selim por terem sido violados.


    Veja aqui um caso típico da Síndrome de Estocolmo: http://www.youtube.com/watch?v=XMpVV1RWYbo

    Pior que isso, é negar seu relacionamento amoroso e ficar levantando as mãos pro céu, em agradecimento, por não precisar gastar dindin no dia dos namorados!!!!!!!
    Eita povo cruel. Tadin do Selim, nem será lembrado!
    Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Cheiro pra tu, visse!

    ResponderExcluir
  10. Fred,

    Minha bicileta está parada em casa e iria continuar por muito tempo, visto que não tenho previsão de voltar para Recife, assim, sinta-se contemplado com uma bike melhorzinha que essa. ÔÊ, ma ma ma ma, ÔÊ(tô me sentindo o prórpio Silvio Santos, no Portas da Esperança).

    Sexta-feira eu chego. ÔÊ, ma ma ma ma, ÔÊ, HI HI...

    ResponderExcluir
  11. todo o mundo contra essa minha (ex)bicicleta, bichinha!... :(
    Pelo menos não diga que é féia pois é não.. E... COMIGO funcionou! Ha! Mais do que essa outra bosta.
    Os bikes precisam da tecnología alemã mesmo, pelo menos na forma do meu pai que conserta tuuuuuuuuuuuuudo
    :P

    (Eu sei que tu sabe, mein lieber Fred!)
    :-**

    ResponderExcluir
  12. Pô, Gê, esse vídeo me lembrou a música Selim, do quase falecido grupo Raimundos. Mas existe uma preocupação real pros homens. Quando eu soube da história de vida do ciclista Lance Armstrong, sete vezes campeão do Tour de France, eu fiquei meio noiado. O cara teve câncer no testículo, que se espalhou para outras partes do corpo, mas conseguiu tratar e ainda foi campeão pela 7ª vez. Mas tenho certeza que esse problema dele tem relação com a bike.
    Ah! E Henna, como diria a música do Metallica: "Sad but true". Apesar de triste, o estupro de ombro nos coletivos é verdade.

    Ass: Mauro, o motherfucker da galhofa.

    ResponderExcluir
  13. hehehe, eu sei Mauro...já fui vítima disso...mas a forma como você falou foi hilária...:))

    ResponderExcluir

Vai, danado, reclama!