sexta-feira, 2 de julho de 2010

Tipos de emprego




Bom, quem acompanha o Blog da Reclamação há algum tempo sabe que Fred já escreveu sobre alguns tipos de trabalho (como o dos palhaços do trânsito, por exemplo) que, contrariando o ditado, não enobrecem o homem tanto assim. Assim sendo, aceitei o convite de nosso amigo blogueiro (e aproveito para agradecer, de antemão, o convite) para divulgar uma espécie de reclamação e desabafo – uma “reclamabafo” - sobre algumas experiências que tive com o mercado de trabalho.
Deixando de lado os estágios da época da faculdade (que por si só já valeriam outro tópico), o meu primeiro emprego foi numa locadora de DVDs. Pra começo de conversa, o dono do local era um advogado meio trambiqueiro que nunca nos pagava em dia. Mas tinham momentos divertidos e constrangedores. Havia uma cliente mais madura, com idade entre 55 e 60 anos, que sempre fazia um pacote interessante de filmes para o final de semana. Ela entrava na loja vestida elegantemente, com seus cabelos longos e um pouco grisalhos que emolduravam seu rosto simpático e olhos esverdeados (apesar da descrição, ela não primava pela beleza) e alugava uns seis filmes:
1 – Negrões Furiosos e Garotinhas Brancas
2 – Don Juan de Mastro
3 – O Poderoso Chefão Anal
4 – Garganta Profunda
5 – Fiz Pornô e Continuo Virgem
6 – Doce Novembro
É sério. Ela sempre pegava um drama/romance no meio daquela putaria toda. Acho que era pra quebrar um pouco o ritmo e voltar à atividade.
Outro emprego que tive por um breve tempo foi o de motorista. Tá, eu dirigia pra levar meus sobrinhos no Colégio Damas todos os dias pela manhã e minha sobrinha pro vôlei, à tarde, umas duas vezes por semana, no mesmo colégio. Mas eu era remunerado pela minha irmã. E aí vão algumas peculiaridades do trampo. Pra economizar combustível (já que minha patroa era também minha irmã), eu levava os guris pra escola – eles pegavam às 07 horas – e deixava um travesseiro no carro. O motivo é que pra não voltar pra Boa Viagem e economizar, eu dormia no carro até a hora da largada deles, o que gerou um belo apelido por parte dos coleguinhas do meu sobrinho mais velho: “o tio vagabundo de Sérgio”. Além disso, fui flagrado derrubando manga dos pés que tinham na área interna do colégio com minha sandália Havaiana, tive uma diarréia e precisei cagar no banheiro dos funcionários (imagine você sair andando com um rolo de papel higiênico, tentando escondê-lo, no meio de uma porrada de funcionários e estudantes, crianças e adolescentes cruéis) e fui acordado várias vezes do meu soninho dentro do carro por um passarinho escroto que ficava bicando o teto do carro pra catar comida que caía das árvores.
Tive outros empregos depois desses, mas não pretendo me prolongar mais nesse tema. Hoje, faço parte do enorme contingente de pessoas que estão estudando pra concursos. Só estou querendo mandar uma mensagem a todos: não reclamem dos seus trampos. Tenha a certeza de que sempre vai existir coisa pior.
Sempre.

Mauro G. Rossiter Jr. – o rei da galhofa.

10 comentários:

  1. Hahahahahahahahahahahaha!
    A cena de tu tirando manga deve ter sido hilária!
    Acho que o Rossiter devia ser escritor residente desse blog.
    Humpfs para Mauro e Fred...

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  2. Pô, Gera, valeu! E deixo um recado: Geraldo também passou por poucas e boas nos estágios da época da faculdade... Ah! A Prefeitura foi uma escola de galhofas, hein?

    Ass: Mauro, o gay, ops, quer dizer, rei da galhofa.

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  3. QUE "COIJA" MAIS LINDA!!!!
    Meu priminho querido escrevendo textinhos!!!!
    Amei, só que fiquei com medo do "dono da locadora" ler....
    Devia criar o SEU blog também, Bauí!!!!
    Vai fundo!!!
    E Fred... VC É DEMAIS!!!!!!! AMO TODOS OS TEXTOS!!!!
    Bjus pra meus queridos!!!!!!!!
    Karina

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  4. Perdão pela demora, amado Mauro. Sabe como é né! Eu estava bebemorando a derrota brasileira. Afinal, eu não tenho culpa se faturei mais um bolão. kkkkkkkkkkkk

    (Eu vou , eu vou, pra casa agora eu vou.
    Lá lá lá lá
    Lá lá lá lá
    Eu vou eu vou)

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    --------------------------------------------

    Pô amado, quando resolver roubar manga novamente me chama, visse! kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Caraca! Eu também já trabalhei em locadora de DVDs. Porém, pra minha sorte, os vídeos adutos, eram responsabilidade do gerente.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ---------------------------------------------

    Eu eu eu
    Maradona se fufu! (Ele poderia rachar um avião com os brasileiros)

    (Vou bebemorar)kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Cheirão pra tu, visse!

    Tu A.R.R.A.S.O.U. galhofeiro!

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  5. Porra Fred! Essa "verificação de palavras" é um pega bebo triste.
    Já digitei essa mulesta errada umas mil vezes, neste momento. kkkkkkkkkkkkkkkkk

    Bebo é uma desgraça! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  6. Sim mas...Eu tava reclamando o quê mesmo?!

    Bom, como diria Seu Lima:

    Mal por mal, prefiro o de Alzheimer do que o de Parkinson... Prefiro esquecer onde deixei o meu uísque do que derramá-lo no chão...

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  7. auhuahauhauah... "Acho que o Rossiter devia ser escritor residente desse blog." (2)

    "O tio vagabundo do Sérgio" hauhauahuha.. poha... Mauroso.. e suas velhas histórias.

    Parabéns pelo blog... ô... ô.. Frederico..

    Abraços p.t. para ambos..

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  8. O Mauro como sempre escrevendo coisas bem engraçadas, kkkkkkkkkkkkkk.
    Com as estórias dos seus amigos, vai ficar ainda melhor por aqui...e lá vem eu rasgar seda, que quase faltou no mercado...hehehe.
    Mas enfim, estou por aqui, sempre!

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  9. Tu devia era experimentar ser veterinário e dar plantão noturno e nos finais de semana! Assim como eu! Dai tu vai saber o que é vida dura, rapá!

    Bom blog! Ri muito imaginando a cena da diarréia!

    Não deixe de escrever!

    abraços

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  10. Acho que Arruda, pela experiência adquirida nos longos anos de labuta, também poderia contribuir bastante para o enriquecimento do tema retratado neste texto, não acham Mauro e Fred?
    Sairiam boas e longas histórias, minimamente.


    P.S.: Que senhora carente hein? Pornô e romance. Imagino a que pés andavam a vida afetiva desta memorável pessoa...

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Vai, danado, reclama!