segunda-feira, 22 de março de 2010

Aprendendo japonês II




Agora é oficial: estudar japonês contribui de maneira definitiva para o desenvolvimento de surtos psicóticos aleatórios. Cuidado ao entrar no elevador. Se o cara lá dentro murmura palavras ininteligíveis para si próprio, dardeja o olhar pelos cantos nervosamente e carrega um livro com símbolos bizarros, corra. Você está a um passo de ter um hashi enfiado no cérebro ou pior. Se tentar aprender japonês, por si só, já destrói toda sua auto confiança, imagina quando na sala tem gente que sabe MUITO mais do que você (o que, na verdade, nem é tão difícil assim de acontecer) e faz questão de demonstrar isso com prazer sádico a cada oportunidade?
E como é que eu sei que o sabe-tudo da aula faz isso de propósito? Porque EU era o sabe-tudo das aulas de inglês, lá pela época que ainda nem tinha barba. Isso mesmo, barba. O primeiro que rir, morre, não tô legal, já falei. Mas então, agora que sou apenas mais um coitado na aula de japonês, passei a odiar o sabe-tudo. Esse espécime inferior da raça humana consegue, de forma cruel e deliberada, demolir nosso amor-próprio, com apenas algumas respostas certeiras e rápidas. Ele não hesita. Mata. Abaixo o sabe-tudo! O sabe-tudo fudeu minha vida na aula de japonês! Eles não têm direitos, apenas defeitos! Que demorem 15 minutos respondendo as mais simples perguntas, como o resto de nós, retardados. Que gaguejem envergonhados ao sentirem os olhares do resto da turma sobre eles, como o resto de nós, imbecis. Se protestarem, bala.
Mas tô aceitando ajuda com o dever de casa, beleza?

Um comentário:

  1. Dei teu recado pra Isa. Ela ficou feliz que só quando eu disse que tu tava aprendendo japonês e que queria praticar com ela, pq é difícil achar alguém pra treinar.

    Quando tu não tinha barba? E tu por acaso tem agora? o.O

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Vai, danado, reclama!