quinta-feira, 25 de março de 2010

Olimpíadas Pernambucanas


Olha essa foto ai embaixo.

Agora olha essa outra.


Uma delas tem algo muito estranho. Achou o que é? Não, não é o asfalto mal-feito da primeira foto, que deixa a pista quase na mesma altura da calçada e cria um abismo entre elas. Não, a escrotice tá mesmo é na segunda foto. Pois é, nela, o carro está na calçada, não na rua. Bem-vindo as Olimpíadas Pernambucanas. O esporte de hoje é “passeio na calçada com MUITOS obstáculos”. Não bastasse o lixo, os buracos e a véia que se faz passar por mendiga quando na verdade é dona de metade da favela, ainda por cima rola essa galera que bota o carro em cima da calçada. Tipo, onde os pedestres deveriam estar. E aí, claro, a gente é obrigado a transitar pela rua. Tipo, onde os carros passam. Dá pra perceber aí o potencial pra acidentes horríveis seguidos de mutilação e\ou morte? Agora, se eu pirasse e andasse por cima dos capôs dos veículos, eu estaria errado, já que minha calçada me foi negada? Como sou frouxo e tenho medo de levar bala do dono do carro, provavelmente jamais vou descobrir. Mas que emputece, emputece.
A segunda foto foi tirada em frente ao bar O Bode – Entre Amigos, de Boa Viagem. Quem já foi lá, sabe que o lugar está sempre lotado. Sempre mesmo. Todas as horas, todo santo dia. O dono vendeu a alma e o rabo ao diabo, só pode ser. Mas aí é outra história. Enfim, o que acontece é que o lugar é movimentado e as ruas ao redor se enchem de carros, que logo começam a invadir as calçadas quando não acham mais lugar pra estacionar. O curioso é que a CTTU nunca aparece por lá pra tomar uma providência. Seria do interesse dos pedestres que as autoridades saíssem multando os invasores de calçada até enjoar, mas pro dono do bar, nem tanto. Afinal, pra que gastar dinheiro construindo um estacionamento pros clientes quando tem tanta calçada aí, parada, terreno improdutivo, pedindo pra ser ocupadas pelos carros? Sai mais barato chamar os caras da CTTU pra tomar um caldinho, beber uma cerveja, beliscar um queijo na brasa, sabe como é.
Política da boa vizinhança.

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