quinta-feira, 15 de abril de 2010

87



O Sport Clube do Recife foi o campeão brasileiro de futebol do ano de 1987. Por que é que um fato tão simples provoca tanta controvérsia? Todo mundo já sabe tudo o que aconteceu naquele ano fatídico. Não tenho nem mais ânimo pra rediscutir todas as mesmas velhas questões. O fato permanece, porém, que só agora existe uma comprovação “oficial” de uma coisa que se sabe há muito tempo. Só agora, a taça das Bolinhas foi pro São Paulo, único hexa-campeão do Brasil. Só agora, tiveram coragem de peitar a torcida do Flamengo e, basicamente, toda a imprensa do Sudeste pra afirmarem, sem sombra de dúvida, que o campeonato de 87 foi vencido pelo Sport. Ah, não fizeram isso porque são bonzinhos e sabem que isso é o correto a se fazer. A questão é que admitir, mesmo que a contra-gosto, que o Sport foi o vencedor em 1987, implica, necessariamente, reconhecer o título de hexa que pertence ao time do São Paulo. A briga aqui nem sequer é entre Sport e Flamengo, mas sim entre esse último e o time paulista.
Do ponto de vista do Sport, não há briga. Há apenas os fatos. Há apenas o reconhecimento por parte da FIFA e da CBF acerca de quem foi o campeão de 87. Mas velho, na moral...não faço questão. Sério. Flamenguistas, fiquem com o título de 1987. Na boa.
Desde que vocês abram mão de todos os outros títulos que o Flamengo já recebeu, concedidos e reconhecidos pelas instituições citadas acima. Ou a FIFA e a CBF só pisam na bola (Há, entendeu?) quando dá o título pro time do Nordeste?
Perguntinha chata de responder essa, né?
Mas calma, vou parando por aqui. Os cariocas vêm enfrentando violência diária, poder paralelo, criminalidade desenfreada, corrupção endêmica, enchentes, alagamentos, deslizamento de terra, chuvas intermináveis e agora mais essa, provavelmente a mais difícil de aceitar de todas as tragédias. O reconhecimento oficial de uma derrota. Chega de tripudiar. Resta apenas reafirmar os fatos com a tranqüilidade de quem declara o óbvio.
87 é nosso. De fato e de direito.
O resto é papo de malandro.

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